"Sarilhos do Amarelo" é um texto que descreve um conjunto de aventuras vividas pelas cores do arco-íris em busca do seu amigo Amarelo, perdido no bosque.
A estrutura desta obra foi organizada de modo a que as crianças possam refletir sobre os processos e as estratégias de aprendizagem utilizadas pelos protagonistas da história. Enquanto isso, treinam a aplicação destas estratégias de aprendizagem na escola, em diferentes tarefas e contextos de aprendizagem, e na sua vida, numa ida ao supermercado com a mãe, ou quando se preparam para fazer um bolo. Os autores apresentam, intencionalmente, um conjunto de processos e de estratégias de aprendizagem a serem trabalhados com as crianças (estabelecer de objectivos; organizar o tempo; trabalho em grupo; monitorizar das tarefas e avaliar os processos), mas também aspectos emocionais e comportamentais que acompanham o aprender.
A estrutura desta obra foi organizada de modo a que as crianças possam refletir sobre os processos e as estratégias de aprendizagem utilizadas pelos protagonistas da história. Enquanto isso, treinam a aplicação destas estratégias de aprendizagem na escola, em diferentes tarefas e contextos de aprendizagem, e na sua vida, numa ida ao supermercado com a mãe, ou quando se preparam para fazer um bolo. Os autores apresentam, intencionalmente, um conjunto de processos e de estratégias de aprendizagem a serem trabalhados com as crianças (estabelecer de objectivos; organizar o tempo; trabalho em grupo; monitorizar das tarefas e avaliar os processos), mas também aspectos emocionais e comportamentais que acompanham o aprender.
Todo o percurso desta turma foi extremamente
marcado com a doença do Gabriel, logo nos primeiros meses de escolaridade.
Quando em abril de 2010 lhe foi diagnosticada uma leucemia, os colegas da turma
sentiram muito, mas nunca o abandonámos. Em todas as atividades, em todos os
momentos marcantes da turma, o Gabriel só não estava presente fisicamente. Foi
com enorme alegria que o recebemos no quarto ano, curado, para terminar de
forma efetiva, o nosso percurso. A vivência com a doença e com o sofrimento fez
com fossemos dando mais valor a questões profundas, como a solidariedade e a amizade
e o acompanhamento na doença. Criámos lemas próprios da turma como: “Juntos,
conseguimos”, “Ninguém está só quando tem amigos”, “Nunca se deve desistir, nem
nos momentos que nos parecem mais difíceis. Temos que lutar”
O facto de só conseguirmos estar
todos juntos no 4º ano faz com que saiba a pouco, e o grupo sente que agora,
com os exames à porta, se um falhar e ficar para trás, nada terá o mesmo gosto;
a etapa que iniciámos há 4 anos atrás, não ficará verdadeiramente cumprida. Assim,
este ano criaram-se outros lemas: “Não se desiste, tenta-se sempre”, “Pior do
que errar, é não tentar”, “Todos conseguem, mas têm que tentar”. Estas eram
expressões utilizadas não só por mim, professora, em ambiente de sala de aula,
perante os desafios propostos, mas por eles próprios, não só na sala, mas em
ambiente mais informal, em brincadeiras e jogos.
Quando iniciei a formação e
comecei a leitura da obra senti que fazia imenso sentido lê-la aos alunos: o
grupo das cores, tal como nós, não estava completo se faltasse uma. E nunca
desistiram para a ter de volta. E ainda por cima, aprenderam que se planearem
bem um trabalho, este terá melhores resultados. Ora, isto também se aplica a
nós, que necessitamos de ter bons resultados nas provas finais, que estão a
chegar. Nas composições escritas os alunos já estavam habituados a planear:
qual vai ser o tema, como vamos iniciar, como vamos conduzir o desenvolvimento
e como vamos concluir o nosso texto. Não estavam era consciencializados que
qualquer trabalho pode ser planeado, executado e avaliado desta forma
interativa e autónoma.
Logo desde o início, a estória
“Sarilhos do Amarelo, deu que pensar. No Bosque-sem-Fim todos se ajudam e
juntos fazem maravilhas. Para além disso, as características das cores fez-nos
questionar acerca do nosso modo de ser e do nosso comportamento: Com que cor
nos identificamos? Que cor os outros nos atribuem? Em que ocasiões somos mais
Vermelho, ou mais Anil? A especulação acerca das características de cada um dos
alunos fê-los pensar melhor acerca de si próprios, nos seus comportamentos e
respetivas consequências. Este exercício constituiu uma oportunidade para que
as crianças tomassem consciência de um conjunto de conhecimentos e comportamentos
autorregulatórios que podem e devem utilizar na sua aprendizagem e nas
atividades diárias. O 2º capítulo fez-nos voltar aos nossos receios e angústias
da doença do nosso companheiro Gabriel, que assim como o Amarelo, também nos
desapareceu da vida escolar do dia-a-dia. Com os dois capítulos seguintes
trouxemos para dentro da sala as expressões animadoras e repetidas várias
vezes, perante exercícios colocados: “Quem não desistir, há-de conseguir”, e
“De asas fechadas ninguém aprende a voar”. Nos capítulos 5 e 6 entramos no
PLEA. A autorregulação foi explicada
através do modelo cíclico PLEA (Planificação, Execução, Avaliação), grandemente auxiliado pelas sábias palavras da
Formiga-General, que no capítulo 6 o explica às cores do Arco-íris. Assim, a mensagem
primordial foi transmitida por esta personagem e incentivou as crianças, a
especular e a hipotetizar, promovendo o raciocínio pretendido.
Os alunos pareceram perceber
teoricamente o PLEA, mas pareceram-me também receosos quando lhes disse que
iriam aplicá-lo. A proposta foi a elaboração de cartazes com frases
sugestivas da história. Vejamos o que aconteceu na tarde de 8 de abril.
A professora
Filomena Sobreiros
Sem comentários:
Enviar um comentário